A forma mais popular, e às vezes efetiva, de comunicar feedback é o “sanduíche de merda”. A técnica foi descrita no Gerente-Minuto, livro clássico de auto-ajuda profissional muito popular na década de 90, e é conhecidamente usado por grandes empresas de consultoria, como a McKinsey, como o ABC do feedback.

O “sanduíche de merda” começa com um elogio ao receptor do feedback: você diz a ele o quanto ele é importante para a empresa, e destaca um ou dois comportamentos do funcionário que causam bom impacto nos resultados do time. Essa é a primeira fatia de pão. Em seguida, vem a merda, ou o recheio do sanduíche: aqui você identifica o comportamento que deve ser corrigido, ou seja, a parte difícil. Por fim, você termina com a segunda fatia de pão: um lembrete do elogio que começou a conversa, e da importância do funcionário.

Essa técnica é exatamente o que dissemos: o ABC do feedback. Mas ela tem algumas importantes limitações:

MUITO FORMAL

O fato de ter de ser planejado com antecedência faz com que ele perca sua
espontaneidade, e seja difícil de ser feito no ato, assim que o comportamento acontecer;

ARTIFICIAL

Assim que usado a primeira vez, o “sanduíche de merda” fica altamente
previsível. E sempre que você elogiar alguém, a pessoa já vai pensar “ihhh, aí vem merda;”

LIMITADO

Não funciona com profissionais mais experientes/sêniores, que já saberão muito antes do que se trata, e te acharão um principiante por usá-la.

Mesmo assim, o sanhuda pode ser uma técnica útil para gestores de pessoas de primeira viagem que estejam liderando equipes jovens, e pela primeira vez.

Espero que agora você entenda mais sobre Feedbacks do que quando você começou este artigo! Se você tiver dúvidas, envie um tweet para @franciscohmello ou mande um e-mail para kiko@qulture.rocks
Kiko

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