O poeta inglês John Donne escreveu certa vez que “nenhum homem é uma ilha”. Ele não podia estar mais certo. Estamos todos conectados às pessoas e aos eventos ao nosso redor.
Temos sentimentos e percepções em relação ao mundo a todo tempo e nem sempre eles são positivos, inclusive (e, talvez, principalmente) no trabalho. Por isso, precisamos de um jeito de lidar com nossas emoções no ambiente profissional construtivamente, porque se não lidarmos com elas, muito provavelmente elas vão afetar nosso bem-estar e paz de espírito.
Ignorá-las não é bom para as pessoas e nem para o negócio.
Segundo o Projeto Aristóteles do Google, poder discutir abertamente seus sentimentos no trabalho e ter liberdade para se arriscar sem temer represálias, ou seja, ter segurança psicológica é a característica mais importante das equipes de sucesso.
Para que isso aconteça, é preciso que os líderes saibam como promover esse ambiente seguro nas suas equipes. Os liderados devem ter um canal aberto para falar de qualquer problema com a liderança e os líderes, por sua vez, devem perguntar e notar constantemente se está tudo bem.
Quando a liderança falha nessa tarefa, frequentemente ocorre o chamado contágio emocional. Ou seja, sentimentos ruins se espalham pela equipe, derrubando motivação e produtividade de vários colaboradores. Esse fenômeno é tão forte que pode ocorrer até indiretamente, via redes sociais ou comunicações assíncronas.
A partir do resultado de seus estudos no tema da cultural emocional, a professora Sigal Barsade, da Wharton Business School (UPenn), conclui que
“ela influencia a felicidade dos colaboradores, burnout, trabalho em equipe e até mesmo... performance financeira e absenteísmo... [E]moções positivas estão ... associadas a melhor performance, qualidade e serviço ao cliente - e isto é válido em todas as funções e setores e em vários níveis organizacionais. Por outro lado (com algumas exceções de curto prazo), emoções negativas como raiva, tristeza, medo e similares geralmente levam a resultados negativos, incluindo desempenho ruim e alto turnover”.
Uma tática simples e eficaz é cada líder perguntar a seus liderados pelo menos uma vez na semana como eles se sentiram em relação ao trabalho e, quando houver problemas, escutar atentamente ao depoimento. Na imensa maioria das vezes, uma simples conversa franca sobre o problema ajuda a que ambas as partes encontrem uma solução para ele.
Um spoiler
No nosso novo produto de 1:1s, que vamos lançar em março, existe uma ferramenta que pergunta a cada liderado como ele se sentiu durante a semana. O líder, por sua vez, tem acesso a um painel com as respostas de cada liderado e, assim, consegue ver quem precisa de mais atenção e, eventualmente, de uma conversa a sós. Tudo com histórico de progresso.
Essa ferramenta foi feita especialmente para destravar potenciais de liderança e promover a segurança psicológica nos times. Ela é só uma das várias outras no novo produto, construído para ajudar líderes a adotarem as melhores práticas do mercado. Fique de olho!