Avaliação 90 graus é um dos tipos de avaliação de desempenho que podem ser aplicadas em sua empresa. A avaliação de desempenho examina de forma detalhada o rendimento de um colaborador durante um período específico. O objetivo é melhorar a performance da organização por meio do desenvolvimento dos seus profissionais.
Essa avaliação é o clímax de um ciclo de gestão de desempenho bem organizado, que se traduz em um método ordenado para potencializar a eficácia de uma instituição por meio de sua equipe. Embora a ideia seja simples de compreender, estruturar uma avaliação de desempenho produtiva e que atinja os objetivos estabelecidos pode ser um caminho com várias decisões e obstáculos. Para superá-los, familiarize-se com as bases e os principais direcionamentos deste procedimento.
Neste material, vamos explicar um pouco mais sobre a avaliação 90 graus. Continue a leitura e saiba tudo!
O que é a avaliação 90 graus
Em um modelo baseado em graus, 90 graus representa uma avaliação unidirecional, em que apenas uma parte avalia a outra. Isso seria similar à avaliação tradicional, em que apenas o supervisor direto avalia o desempenho do colaborador, sem feedbacks adicionais de colegas, subordinados ou autoavaliação.
Para uma compreensão mais completa, aqui estão as descrições das avaliações mais reconhecidas:
- Avaliação de 180 graus: esta avaliação envolve duas direções. Normalmente, inclui a avaliação realizada pelo gestor direto e uma autoavaliação realizada pelo próprio colaborador;
- Avaliação de 270 graus: além da avaliação pelo gestor direto e da autoavaliação, essa avaliação também envolve feedback de colegas ou pares;
- Avaliação de 360 graus: este é o tipo mais abrangente, coletando feedback de todas as direções: gestores, colegas, subordinados e, muitas vezes, até de clientes ou outras partes externas relevantes, além da autoavaliação.
Vantagens e desvantagens da avaliação 90 graus
A avaliação 90°é uma avaliação unidirecional, em que apenas o gestor ou supervisor avalia o desempenho do colaborador. Entre as vantagens que podemos mencionar, destacamos especialmente:
- Simplicidade: como envolve apenas a perspectiva do gestor, o processo de coleta e análise de feedback é mais direto e menos complexo;
- Menor tempo de implementação: com menos partes envolvidas no processo, a avaliação pode ser realizada e concluída mais rapidamente;
- Objetividade: o feedback é baseado unicamente na perspectiva do supervisor, o que pode ser visto como uma visão objetiva da performance do colaborador, sem influências externas;
- Menor complexidade de feedback: sem a necessidade de consolidar um feedback de múltiplas fontes, o feedback tende a ser mais direto e focado;
- Ideal para hierarquias claras: em ambientes onde a hierarquia e as linhas de reporte são muito claras, uma avaliação de 90 graus pode ser suficiente.
No entanto, é importante também reconhecer as limitações de uma avaliação 90 graus, se de fato for baseada apenas na perspectiva do gestor:
- Visão limitada: ao não incluir outras perspectivas, como a de colegas, subordinados ou a própria autoavaliação do colaborador, a avaliação pode não capturar a imagem completa do desempenho do colaborador;
- Falta de reflexão pessoal: sem autoavaliação, os colaboradores perdem a oportunidade de refletir sobre seu próprio desempenho e contribuir para o processo de avaliação;
- Potencial de viés: quando baseado apenas na perspectiva de um gestor, o feedback pode ser influenciado por vieses pessoais.
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Por que investir na avaliação de desempenho
Veja, agora, bons argumentos para implementar a prática de avaliação de desempenho em seu negócio!
1. Desenvolvimento contínuo dos colaboradores
- Identificação de necessidades de treinamento: o ciclo de avaliação de desempenho ajuda a identificar lacunas de habilidades ou áreas onde os colaboradores podem precisar de treinamento adicional. Isso permite que a empresa invista em programas de capacitação direcionados, resultando em uma força de trabalho mais competente e adaptável;
- Feedback construtivo: ao receber um feedback regular e estruturado, os colaboradores têm a oportunidade de entender seus pontos fortes e áreas de melhoria, permitindo-lhes ajustar e melhorar proativamente o seu desempenho;
- Aumento da motivação: quando os colaboradores veem que a empresa está investindo em seu desenvolvimento e valoriza sua contribuição, é provável que se sintam mais valorizados e, consequentemente, mais motivados.
2. Alinhamento estratégico e clareza de objetivos
- Alinhamento com a visão da empresa: o ciclo de avaliação assegura que os objetivos individuais dos colaboradores estejam alinhados com os objetivos estratégicos da empresa, garantindo que todos estejam trabalhando na mesma direção;
- Definição clara de expectativas: ao estabelecer metas e expectativas claras para cada colaborador, evitam-se mal-entendidos e assegura-se que todos compreendam suas responsabilidades e o que é esperado deles;
- Monitoramento e ajuste de metas: o processo de avaliação permite que as metas sejam revisadas e ajustadas conforme necessário, assegurando flexibilidade e adaptabilidade à medida que as condições de mercado ou as necessidades da empresa mudam.
3. Tomada de decisão baseada em dados
- Avaliação objetiva: ao coletar dados e feedback de várias fontes, a empresa pode fazer avaliações mais objetivas sobre o desempenho dos colaboradores, reduzindo vieses e subjetividades;
- Decisões de promoção e remuneração: com informações claras sobre o desempenho de cada profissional, as empresas podem tomar decisões mais informadas sobre promoções, aumentos salariais e bonificações;
- Gerenciamento proativo de problemas: detectar problemas de desempenho em estágios iniciais permite que os gestores abordem proativamente problemas ou desafios, prevenindo crises maiores e garantindo que os colaboradores recebam o suporte necessário para ter sucesso.
A avaliação 90 graus, frequentemente referida como unidirecional, surge como uma ferramenta simplificada no vasto espectro de avaliações de desempenho. Focada no feedback do supervisor ou gestor direto, esta modalidade pode ser a chave para empresas que buscam um sistema menos complexo, mas ainda eficaz. Embora careça da perspectiva multifacetada presente em modelos como a avaliação 360 graus, a avaliação 90 graus oferece uma visão direta e objetiva do desempenho do colaborador.
É essencial, porém, que as empresas estejam cientes das limitações deste modelo, garantindo que os gestores estejam devidamente preparados para dar feedbacks construtivos e evitar possíveis vieses. Em ambientes onde a hierarquia é claramente definida e a cultura organizacional favorece a clareza das relações de reporte, a avaliação 90 graus pode ser uma escolha acertada, contribuindo para um desenvolvimento contínuo e alinhado às metas empresariais.
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