Comprometimento no trabalho é importante para que o profissional possa se desenvolver melhor e, consequentemente, contribuir para o crescimento da empresa. No entanto, diferentemente do que se pode pensar, essa não deve ser uma questão apenas para a pessoa colaboradora, e sim para a empresa como um todo.
Um dos desafios para as organizações é o de manter pessoas alinhadas e comprometidas com a estratégia macro do negócio, bem como entender as possíveis dificuldades que as pessoas colaboradoras venham a ter para garantir resultados mais satisfatórios.
Por essa razão, para garantir competitividade no mercado e reter os principais talentos, existe a necessidade de ficar por dentro de algumas práticas que contribuam para esse comprometimento. Pensando nisso, elaboramos este material para que você confira algumas sugestões que podem ser adotadas nas empresas. Continue a leitura e saiba mais!
O que caracteriza o comprometimento no trabalho?
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra “comprometimento” diz respeito ao ato de se comprometer, ou seja, se tornar responsável e se empenhar em realizar algo. Dessa maneira, todas as ações e comportamentos têm consonância com essa premissa, quando alguém se compromete a fazer alguma coisa.
No ambiente profissional, o comprometimento é fundamental para a boa realização das demandas, assim como para a manutenção de bons resultados na empresa. Para isso, é fundamental que os valores e objetivos da pessoa colaboradora estejam alinhados aos da empresa.
O comprometimento no trabalho é mais do que um sentimento ou sensação. Ele se traduz na devida execução das atividades dentro dos prazos definidos e, também, que sejam concretizados sob atitudes éticas.
Por exemplo: mais do que alinhar tarefas e combinar prazos, um profissional comprometido com o seu trabalho executa suas atividades dentro do tempo estabelecido, ou até mesmo antes disso. Isso contribui não apenas para o bom andamento das demandas, como também para o desenvolvimento da pessoa colaboradora.
Teoria do comprometimento organizacional: você a conhece?
Nos estudos organizacionais, existe a teoria do Modelo de Três Componentes (MTC) que define o comprometimento organizacional em três componentes distintos, conforme apresentaremos a seguir. Confira!
Comprometimento afetivo
Comprometimento afetivo diz respeito ao apego emocional que a pessoa colaboradora tem com a organização. De acordo com o estudo do MTC, pessoas com comprometimento afetivo tendem a ficar mais tempo na organização. Aqui, não se refere apenas à satisfação do profissional em relação às políticas e práticas do negócio, mas também do engajamento com as mais diferentes atividades executadas.
Ou seja, essa pessoa tende a participar de forma mais ativa das discussões, busca continuamente por inovação para as suas demandas, está atenta ao mercado para trazer melhorias, tem um sentimento de pertencimento, bem como apresenta um senso de dono. Mais à frente, traremos algumas práticas para que a empresa possa estimular o comprometimento afetivo de maneira mais eficiente.
Comprometimento de continuidade
Além do comprometimento afetivo, há o comprometimento de continuidade. Nesse caso, é um nível de sentimento que a pessoa colaboradora tem de que sair da empresa seria caro, tanto para a continuidade de sua carreira quanto para o desenvolvimento pessoal.
Quando há o comprometimento de continuidade, naturalmente a pessoa permanece por muito mais tempo na empresa. Seja por estar apegada à cultura do negócio, seja por acreditar nos valores organizacionais ou por entender que a sua carreira será beneficiada com esse cargo em seu currículo.
Comprometimento normativo
Por fim, no Modelo de Três Componentes há ainda o comprometimento normativo. Nesse caso, a pessoa colaboradora se sente obrigada a permanecer na empresa. Porém, essa "obrigação" não é negativa. Muitas vezes, por exemplo, ela pode se sentir assim por acreditar que não há outras oportunidades no mercado (o que acarretaria em baixa motivação). Nesse caso, a pessoa se fixa no negócio por acreditar moralmente que essa é a coisa certa a ser feita, pelo menos naquele momento.
Uma dúvida comum é em relação ao que leva a esse tipo de comprometimento. Geralmente, quando há igualdade para os profissionais, há oferta das mesmas oportunidades para diferentes contextos e uma política de remuneração e benefícios justas, há o comprometimento normativo, pois o colaborador tem medo de se arrepender de ir para outra empresa justamente pela qualidade de vida no trabalho oferecida ali.
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Qual a importância do comprometimento no trabalho?
Inicialmente, é importante destacar que o comprometimento no trabalho deve ser de ambas as partes — tanto dos colaboradores quanto da empresa, representada especialmente na figura das lideranças. Comprometimento no trabalho é considerado um vínculo entre ambos, que não necessariamente está ligado ao desempenho do profissional.
Entenda: uma pessoa pode alcançar as metas pré-estabelecidas para as suas funções, mas não ser comprometida — sem cumprir com os prazos previamente acordados, faltando a reuniões importantes e sem se importar com os colegas do time, além de se interessar por uma recolocação em outras empresas.
Esse é um gargalo mais comum do que se imagina. De acordo com um estudo conduzido pela Gallup, 70% das pessoas não estão engajadas em suas funções, enquanto 51% estão procurando outras oportunidades. Confira alguns pontos positivos usufruídos por uma empresa com profissionais comprometidos!
Chances mais altas de alcançar sucesso com os projetos
No início do ciclo de atividades da empresa, são definidos alguns projetos que contribuirão para que as áreas tenham melhorias, o que impacta diretamente nos resultados da empresa.
Profissionais comprometidos buscarão constantemente o sucesso desses planos elaborados, analisando os aprendizados adquiridos ao longo do ano e colaborando com estratégias baseadas no que deu certo e no que precisa ser aperfeiçoado.
Redução do absenteísmo e do presenteísmo
Absenteísmo e presenteísmo, apesar de terem causas e consequências parecidas, são termos distintos. Enquanto o absenteísmo se refere à ausência do colaborador (seja por questões de saúde, seja sem justificativa), o presenteísmo ocorre quando a pessoa está no espaço físico da empresa — ou disponível nos canais de comunicação, em períodos de trabalho remoto — mas não desempenha, de fato, as atividades demandadas.
Quando há uma preocupação por parte da organização em aperfeiçoar o comprometimento no trabalho, consequentemente há uma redução de ambos os cenários — além de impactar positivamente no desempenho da empresa, contribui para diminuir as taxas de turnover, que sofrem interferências negativas nessas duas ocasiões.
Como analisar o comprometimento no trabalho?
A seguir, apresentamos algumas estratégias que contribuem para que as lideranças tenham mais insumos para analisar o comprometimento das pessoas lideradas no trabalho. Confira!
Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é o ápice de um processo bem estruturado de gestão de desempenho. Para entendermos sobre o conceito de desempenho nesse contexto, podemos dividi-lo em duas grandes dimensões: resultados e comportamentos. Nesse sentido, podemos pensar que resultados são "o que" o colaborador faz, enquanto os comportamentos são "como" o colaborador produz esses resultados.
Sendo assim, a avaliação de desempenho tem como objetivos principais mensurar o desempenho das pessoas com finalidade de tomar decisões de gente mais efetivas, além de fornecer insumos para que as pessoas possam se desenvolver — e consequentemente melhorar o desempenho no próximo ciclo.
Para iniciar esse processo na empresa, sugerimos a aplicação de 3 perguntas específicas que devem ser respondidas pelas lideranças, que chamamos de check-in de desempenho:
- 1) Em que a pessoa não está indo tão bem e como isso impacta negativamente o profissional, a equipe e a empresa?
- 2) Em que a pessoa está mandando bem, tanto em resultados quanto em comportamentos, e como isso impacta positivamente o profissional, a equipe e a empresa?
- 3) Quais devem ser as prioridades para os próximos meses?
Como podemos ver, a avaliação de desempenho permite uma análise que foca nos atuais resultados e no futuro — o que permite potencializar a sua performance.
One-on-ones
One-on-ones são encontros periódicos e individuais entre lideranças, liderados e lideradas. Por meio desse tipo de reunião, há a possibilidade de melhorar o fluxo de informações de baixo para cima, o que possibilita à empresa estar mais próxima da realidade de seus analistas e tomar medidas proativas em vez de reativas.
Caso não haja comprometimento no trabalho, a gestão tem a oportunidade de entender, nesses encontros, qual é a causa raiz para que algo não esteja dentro das expectativas alinhadas. Muitas vezes, existem os riscos de a pessoa estar com algum problema pessoal, que impactaria diretamente na sua produtividade — e essa reunião é um importante momento para que a gestão esteja por dentro desses tópicos.
Entre os diferenciais que isso traz para a equipe, destaca-se especialmente o maior engajamento dos colaboradores por meio de feedbacks, além de oferecer um melhor direcionamento e desenvolvimento para a carreira. Contribui, ainda, para gerar mais confiança na relação entre gestão e pessoas lideradas — o que possibilita criar planos de ação caso algo não esteja saindo dentro do esperado.
Prioridades alinhadas e realizadas
É importante que as lideranças acompanhem semanalmente quais são as prioridades de seus liderados e lideradas. Dessa forma, existe a oportunidade de a gestão alinhar com o profissional o que realmente é importante para aquele momento — que trará impactos positivos para o time e para a empresa — e entender se a pessoa está conseguindo cumprir com o que foi definido.
Existem, atualmente, ferramentas que permitem automatizar o envio de lembretes para registro das prioridades da pessoa liderada, depois do alinhamento entre ela e a liderança. Assim, ficam cientes do que está sendo feito e tem-se histórico para possíveis consultas dessa informação no futuro.
Quais são as 8 boas práticas para melhorar o comprometimento no trabalho?
Agora que você já sabe a importância do comprometimento no trabalho e como analisá-lo, chegou o momento de trazermos algumas sugestões para melhorá-lo. Utilizando os tópicos anteriores, já é possível ter melhorias.
Conforme vimos, nas one-on-ones as lideranças terão a oportunidade de entender um pouco mais sobre a rotina do profissional e o que vem impactando o seu trabalho, além de a definição de prioridades ser uma motivação para que a pessoa possa cumprir com o que foi alinhado.
A seguir, você vai conhecer 8 boas práticas que também trarão ganhos nesse sentido. Confira quais são elas!
1. Prática de feedbacks
Feedback é o processo no qual uma pessoa contribui para que a outra possa se desenvolver a partir de suas próprias percepções. No livro, Thanks for the feedback: The Science and Art of Receiving Feedback Well, Douglas Stone e Sheila Heen trazem alguns resultados de suas pesquisas, nas quais mostram que profissionais que buscam continuamente por feedbacks — principalmente feedbacks construtivos —, são percebidos como mais competentes e se estabelecem em novos papéis com mais facilidade.
Além disso, devemos levar em consideração que até 2025, os millennials (nascidos entre 1980 e 2000) vão representar cerca de 75% da força de trabalho mundial — e essas pessoas não estão só abertas a receber feedbacks, como também os buscam a todo momento.
Dessa forma, a prática de feedbacks é importante tanto para oferecer uma percepção construtiva para quando não houver comprometimento no trabalho quanto para atrair e reter os principais talentos do mercado.
2. Definição de OKRs
OKRs são um sistema de metas coletivas e individuais, que vão convergir para a busca de metas globais da organização. Entre os principais diferenciais observados ao adotar essa metodologia, destacamos especialmente o fato de que as próprias pessoas poderão participar da construção de suas OKRs.
Nesse método, pessoas colaboradoras são incentivadas a definir as suas OKRs em alinhamento com os objetivos mais elevados da empresa, trazendo um sentimento maior de pertencimento — bem como contribuindo de forma direta para o comprometimento com as metas estabelecidas.
Além disso, devemos destacar que há um maior alinhamento, potencializado pelo fato de as OKRs serem mais transparentes do que as metas tradicionais. Qualquer pessoa pode acessar as OKRs de outros colegas e times, o que permite que toda a empresa possa identificar contradições ou dependências — e corrigi-las em um tempo mais hábil.
3. Aplicação de pesquisa de clima organizacional
Clima organizacional é a percepção de colaboradores e colaboradoras em relação às políticas, práticas e processos do negócio. O clima organizacional é um componente importante do engajamento — e o engajamento das pessoas colaboradoras dá resultados para a empresa. Trata-se de um construto, ou seja, um conceito criado a partir de outros conceitos.
Quando falamos de clima, estamos falando necessariamente de seus componentes, uma vez que vai proporcionar a análise de diversos aspectos da experiência do colaborador:
- remuneração;
- oportunidades de crescimento profissional;
- trabalho em times;
- liderança direta, entre outros.
Para entender sobre o clima organizacional do negócio, o ideal é aplicar a pesquisa de clima. Ela trará um diagnóstico para que a gestão possa entender os pontos de melhoria. A partir disso, é possível aplicar um plano de ação e, futuramente, entender se esse plano contribuiu para melhorar o clima organizacional da empresa e para os resultados do negócio.
4. Realização de uma gestão transparente
Entre os benefícios de uma gestão transparente, podemos destacar:
- aumento da confiança por parte das pessoas interessadas no negócio;
- melhorias da comunicação entre lideranças, liderados e lideradas;
- redução do nível de burocracia ao longo do expediente;
- melhorias para o engajamento de profissionais e para as equipes de trabalho.
Para promover uma gestão transparente, alguns pontos devem ser priorizados. O primeiro deles é contar com uma comunicação clara e objetiva. Se a empresa adotar o uso de OKRs, por exemplo, o ideal é ter uma ferramenta que permita a gestão e o controle dos keys results de diferentes times.
Em uma solução como essa, qualquer pessoa do negócio tem acesso às metas das outras áreas e entende como elas se alinham com os objetivos gerais e com o seu próprio objetivo.
Além disso, sempre que houver algum comunicado importante que impacta no dia a dia dos profissionais, o ideal é que as pessoas da empresa sejam as primeiras a serem comunicadas. Por isso, indicamos que se façam reuniões gerais semanais ou quinzenais — de acordo com a realidade do negócio — para alguns recados que seriam úteis para as demandas de todas as equipes.
5. Manutenção de uma cultura organizacional sólida
Cultura organizacional é a forma com que as pessoas se comportam em uma empresa em função de seus valores (pessoais e coletivos), rituais, artefatos, incentivos, histórias e exemplos. Os valores das pessoas da organização determinam seus exemplos, seus incentivos, seus artefatos e seus rituais. Esses, por sua vez, determinam e reforçam os comportamentos de seus membros.
Mas como essa cultura orgânica "se forma"? Na Qulture.Rocks, a nossa visão é de que ela parte dos valores das pessoas mais influentes dentro do grupo, que podem ser a fundadora ou um pequeno grupo de pessoas que esteja em seu círculo de influência.
À medida que essas pessoas começam a imprimir seus valores, formam-se rituais, histórias e exemplos que refletem no comportamento de seus membros. Com isso, começa a se formar a cultura de uma organização.
Porém, para o comprometimento no trabalho, é importante que a cultura seja sólida. Ou seja, esteja realmente presente nas mais diferentes etapas de trabalho no dia a dia. Desde a contratação de profissionais (analisando o fit cultural, por exemplo), até a entrevista de desligamento, é interessante que se identifiquem pontos que sejam pertinentes com a cultura de um negócio.
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6. Aplicação de uma política clara de benefícios
Indicamos, ainda, que haja uma política clara de benefícios para a empresa. Quando falamos de oferecer benefícios estamos nos referindo àqueles que vão além dos obrigatórios (férias, décimo terceiro etc.). Hoje, as pessoas se orientam bastante pela política da empresa em relação a esse tema antes de entrar em um processo seletivo.
Para realizar uma política de benefícios mais efetiva, alguns passos são indicados. Entre eles, podemos mencionar especialmente:
- adaptar a política de acordo com os valores da empresa e com os interesses das pessoas colaboradoras;
- escolher benefícios que se adequam à percepção de profissionais sobre as suas necessidades;
- respeitar as leis trabalhistas;
- oferecer diferentes opções para as pessoas colaboradoras, entre outros.
O ideal é que você entenda, por meio da pesquisa de clima, qual é a percepção que as pessoas têm sobre esse ponto específico. A partir disso, há a oportunidade de a equipe entender se essa é, de fato, uma prioridade para a empresa e quais são as mudanças que precisariam ocorrer.
7. Promoção de momentos de descontração
Momentos de descontração são mais importantes para o comprometimento no trabalho do que podemos imaginar. Isso porque a sobrecarga de trabalho gera estresse e desmotivação, o que impacta na produtividade e no comprometimento.
Dessa maneira, é fundamental promover eventos, encontros, festas e happy hours em que as pessoas colaboradoras possam se divertir, conhecer melhor umas às outras e se distrair um pouco das tarefas do dia a dia.
8. Criação de um ambiente de trabalho diverso e inclusivo
Fomentar a diversidade e a inclusão no local de trabalho pode aumentar significativamente o comprometimento dos funcionários. As empresas podem promover a diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, idade e habilidades, garantindo que todos os funcionários tenham oportunidades iguais.
Isso cria um ambiente onde os profissionais se sentem valorizados e respeitados, o que, por sua vez, aumenta seu comprometimento com a organização. Além disso, programas de mentoria e grupos de afinidade podem ser estabelecidos para apoiar o desenvolvimento profissional e a integração de funcionários de diferentes origens.
9. Estímulo à autonomia
Delegar mais responsabilidades e dar aos funcionários um senso de autonomia sobre como realizam seu trabalho pode aumentar o comprometimento. Isso não apenas permite que os profissionais se sintam mais conectados ao seu trabalho, mas também lhes dá a oportunidade de usar suas habilidades e conhecimentos de maneira criativa e significativa.
As empresas podem encorajar a tomada de decisões e o desenvolvimento de projetos autônomos, desde que os objetivos organizacionais sejam atendidos.
10. Promoção do bem-estar e do equilíbrio entre pessoal e profissional
As empresas podem criar um ambiente que valorize o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, promovendo o bem-estar dos funcionários. Isso pode incluir a implementação de políticas que incentivem os funcionários a desconectar do trabalho fora do horário de expediente, a oferta de flexibilidade de horários e a promoção de práticas de saúde e bem-estar, como programas de incentivo à atividade física, meditação ou cuidados com a saúde mental.
Ao apoiar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, as empresas demonstram preocupação com o bem-estar de seus funcionários, o que pode aumentar o comprometimento no trabalho, a satisfação e a produtividade. Isso também ajuda a reduzir o estresse e o esgotamento, criando um ambiente de trabalho mais saudável e engajador.
11. Investimento em treinamentos corporativos
O treinamento e desenvolvimento tem sido uma das estratégias mais eficazes para gerar um diferencial competitivo nas empresas e apresenta resultados positivos em vários aspectos, como a melhoria no clima organizacional, aprimoramento da gestão de capital humano, aumento da produtividade e até mesmo aumento de receita nas empresas.
Investir em capacitação também impacta diretamente no comprometimento da pessoa colaboradora no trabalho, uma vez que, com os conhecimentos e ferramentas necessárias, o profissional poderá se sentir mais seguro e comprometido com suas atividades e responsabilidades.
Inclusive, uma pesquisa feita pela Association for Talent Development (ATD) mostrou que organizações que investem em programas de treinamento personalizados apuram uma melhoria de até 218% na produtividade e nos resultados de sua equipe.
Para adotar a estratégia de treinamentos corporativos em uma empresa, é importante ter em mente quais são os principais tipos de treinamentos que se adequam mais ao contexto do negócio e dos objetivos a serem alcançados. Os principais são:
- desenvolvimento de lideranças: seu objetivo é desenvolver habilidades e competências necessárias para atividades de liderança;
- treinamento comportamental (soft skills): o foco aqui está em desenvolver as habilidades comportamentais de cada pessoa colaboradora, como ela se comporta no meio corporativo e reage a desafios no seu dia a dia;
- treinamentos operacionais: focado em desenvolver habilidades que preencham lacunas de conhecimento comuns entre todos os membros que atuam na operação do negócio;
- onboarding: este treinamento tem o objetivo de preparar, receber e capacitar as novas pessoas colaboradoras da empresa;
- treinamento técnico: aqui, o objetivo é desenvolver as hard skills, e fornecer os conhecimentos necessários para que a pessoa colaboradora desempenhe suas atividades;
- treinamentos obrigatórios: ou treinamentos de compliance, são treinamentos necessários para que toda a empresa conheça as normas, regulamentos e leis específicas para aquele mercado.
Nesse sentido, também é necessário que as lideranças acompanhem e levantem quais são as necessidades de aprendizado de cada pessoa colaboradora e como elas estão ligadas a motivação e comprometimento. As reuniões de one-on-one podem ser o espaço ideal para acompanhar e levantar essas necessidades.
12. Utilização de ferramentas que auxiliem no comprometimento
Mesmo com todas as práticas acima mencionadas em dia, podem existir dificuldades para a mensuração do comprometimento das pessoas colaboradoras no trabalho. Isso porque o conceito pode parecer algo abstrato, mas analisá-lo e fazer sua manutenção, na prática, pode ser mais fácil do que parece.
Para fazer isso de maneira eficaz, é importante considerar a utilização de ferramentas e plataformas para acompanhar, mensurar e tomar medidas a partir do nível de comprometimento identificado nas pessoas colaboradoras.
Uma plataforma de gestão de desempenho completa, por exemplo, permite aplicar, registrar e medir ações já mencionadas neste artigo, como feedbacks, one-on-ones e até mesmo fazer pesquisas de clima organizacional ou de sentimentos de maneira recorrente e automatizada.
Por meio da feature de feedbacks, as lideranças podem oferecer feedbacks para suas pessoas lideradas acerca do que podem melhorar para demonstrarem maior comprometimento no trabalho. Da mesma maneira, a ferramenta pode ser usada entre os próprios colegas, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do trabalho e das pessoas.
O registro de one-on-ones também é fundamental para acompanhar o histórico do comprometimento das pessoas colaboradoras, assim como identificar qual pode ter sido o ponto crucial para uma diminuição desse fator, por exemplo.
Além disso, pesquisas de sentimentos podem ser configuradas para rodar automaticamente a cada semana, a cada quinzena ou conforme as lideranças e o time de gente considerar adequado para o contexto organizacional. Assim, problemas de falta de comprometimento podem ser mais facilmente identificados e revertidos.
Neste conteúdo, você pôde entender sobre a importância do comprometimento no trabalho, além de conferir práticas para analisá-lo, acompanhá-lo e aperfeiçoá-lo no dia a dia da organização. Conforme vimos, é essencial que a empresa entenda e analise esse tópico para garantir uma equipe mais alinhada e, consequentemente, ter maior produtividade no time.
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