Evolução do RH: neste material, explicamos como o setor de Recursos Humanos se transformou nos últimos anos, trazendo a necessidade das equipes se adaptarem e se tornarem mais estratégicas.

Hoje, a tecnologia vem ganhando destaque nas empresas, independentemente do setor. Para o RH, não é diferente. Há ferramentas que auxiliam tanto para a contratação de novos colaboradores quanto para destravar potenciais humanos por meio da gestão de desempenho, contribuindo para que as equipes tenham resultados mais satisfatórios.

No entanto, nem sempre foi assim. Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que você entenda como foi a evolução do RH ao longo dos anos, além de explicar a necessidade de se adaptar a um novo contexto. Continue a leitura e saiba mais!

Mudança de paradigma

Antes, o RH era voltado principalmente para questões burocráticas da empresa. Porém, ao longo dos anos, assim como as exigências dos profissionais ao buscarem por um novo emprego mudaram, o RH também evoluiu.

Não que as questões burocráticas sejam deixadas de lado. Pelo contrário, continuam sendo essenciais para o bom andamento da empresa e também para estar de acordo com os principais tópicos das legislações. Contudo, conforme mencionado, existem ferramentas e soluções para as mais diversas necessidades do setor, o que possibilita que a área seja mais estratégica e ganhe um protagonismo cada vez maior dentro das empresas.

Patty McCord, VP de Gente da Netflix entre os anos de 1998 e 2012, reinventou o setor de RH da gigante das comunicações. Entre os ensinamentos adquiridos no documento que viralizou em todo o mundo, destacam-se:

  • recrutar e recompensar adultos formados naquilo que querem trabalhar;
  • dizer somente a verdade quando o assunto é relacionado à performance da equipe;
  • gestores terem a função de criarem ótimas equipes;
  • líderes terem a função de criar a cultura da empresa;
  • bons gerentes de talento pensam como pessoas de negócio.

Somente por meio desses aprendizados, percebe-se a preocupação em tornar a área de RH muito mais do que apenas um setor que se preocupa com questões burocráticas: existe a necessidade de expor o funcionário ao crescimento e às suas oportunidades, contribuindo de forma direta para a presença de times excelentes. Naturalmente, esse será um ótimo driver de desenvolvimento para a empresa.

RH estratégico

Nesse sentido, é essencial que o RH de uma empresa seja uma área estratégica. No que se diz respeito a essa evolução, uma pesquisa realizada pela Harvard Business comprova a necessidade de as organizações se adaptarem a essa nova realidade. Em um acompanhamento feito com 53 empresas entre os anos de 2011 e 2015, as organizações que contavam com boas práticas de RH apresentavam um desempenho 51% superior daquelas que não investiam nesse sentido.

Nesse cenário, também surge o conceito de RH tecnológico ou 4.0. Apresentado na Alemanha em 2011 durante a Feira de Hannover, trouxe inovações que possibilitaram os profissionais da área a pensarem justamente de forma mais estratégica, uma vez que havia maior produtividade dos colaboradores a partir de ferramentas que continham inteligência de dados. 

Ao mencionarmos sobre essa questão, uma dúvida comum entre os profissionais está relacionada ao que de fato se referem essas tecnologias. Deve-se levar em consideração que não se trata de nada futurístico, nem de ferramentas robustas de um filme de ficção científica. São soluções que permitem a análise e o cruzamento de dados de forma eficaz, trazendo insumos para uma tomada de decisão baseada nas metas e objetivos da organização.

Integração com os demais setores

Não podemos mencionar sobre a evolução do RH sem falar da necessidade da integração do setor de RH com as demais áreas das empresas. RH estratégico é aquele que, além de outras preocupações, está atento em destravar o potencial humano. No entanto, para que isso ocorra de forma eficaz, existe a necessidade de os profissionais do setor terem amplo conhecimento sobre as necessidades da empresa como um todo, além de avaliar os processos empresariais da organização, as demandas urgentes e os problemas da empresa.

Entenda: ao analisar os indicadores do negócio, observou-se que a taxa de turnover de uma área A era maior do que da área B — cujo número era irrisório. Nesse sentido, é preciso avaliar quais são os aspectos micro que influenciam nessa questão: liderança? Pouca infraestrutura física para atender às demandas desse time? 

Por essa razão, é essencial que a área esteja interligada a todos os processos da empresa para que as decisões supram com as necessidades da equipe.

RH na pandemia

Em 2020, a área de Recursos Humanos teve um desafio distinto: devido à crise provocada pela pandemia de COVID-19, empresas dos mais diversos nichos de atuação precisaram se adaptar a um contexto de trabalho remoto.

Leia mais: como grandes empresas agiram durante a pandemia.

Nesse sentido, mais do que nunca houve a necessidade de lideranças estarem próximas de seus liderados e lideradas, entendendo seus desafios e oferecendo suporte para situações até então atípicas. Por essa razão, a prática de one-on-ones e de feedbacks contínuos nunca foi tão necessária.

One-on-one

Reuniões periódicas entre líderes, liderados e lideradas, as one-on-ones contribuem para que haja um melhor fluxo de informações de baixo para cima, além de oferecerem a sensação de:

  • que alguém se preocupa com o profissional no nível pessoa;
  • que a empresa está atenta quanto ao seu desenvolvimento e carreira;
  • que ele é ouvido no âmbito profissional.

Feedbacks

Já os feedbacks proporcionam um norte para os liderados. Para entender os seus diferenciais, pense em um comparativo entre um mapa de papel e o GPS. Ambos vão mostrar o destino, porém o GPS orientará durante o caminho qual é o melhor percurso a ser seguido, de acordo com o contexto.

A mesma lógica se aplica ao feedback: durante a execução dos processos, as pessoas de todo o time têm a oportunidade de apresentarem pontos positivos e negativos para resultados mais efetivos, contribuindo para o desenvolvimento da empresa como um todo.

Em um modelo de trabalho remoto presenciado com a pandemia, essa estratégia foi fundamental para que as equipes estivessem alinhadas.

RH pós-pandemia

Da mesma forma, essa proximidade será necessária em um contexto pós-pandemia. Quando a rotina de trabalho voltar ao normal, nos escritórios (ou em trabalho híbrido, como grande parte das empresas deseja adotar), será necessário um cuidado especial para a adaptação das pessoas, uma vez que novos hábitos foram adquiridos durante esse período.

Sendo assim, será papel do RH entender quais foram as transformações sofridas e as adaptações necessárias no dia a dia de trabalho, de modo que mantenham a produtividade e o engajamento.

Neste material, você pôde conhecer um pouco mais sobre a evolução do RH e as transformações ocorridas ao longo do ano. Conforme percebemos, a gestão de desempenho é essencial para uma empresa. Para saber tudo sobre o assunto, continue no blog e boa leitura!