Há alguns dias, escrevemos sobre por que usamos Astronautas na nossa identidade na Qulture.Rocks. Nessa semana, pensei em responder a outra pergunta que sempre nos fazem: por que nosso nome é Qulture.Rocks?

Por que existimos?

Nossa missão na Qulture.Rocks é ajudar empresas a criarem culturas incríveis.  Falar de cultura organizacional não é nosso objetivo aqui (se quiser, leia nosso ebook Sobre Cultura), mas vamos passar rapidamente pelo tema para refrescar nossa memória.

Uma cultura incrível não agrada a todos

Para nós, uma cultura incrível começa por não agradar a todos. Entendemos que aquelas culturas em que nem todo mundo se encaixa, ou seja, em que algumas pessoas são muito bem sucedidas, e se sentem muito bem, mas em que outras não se encaixam, e simplesmente acabam saindo, são as culturas que valem a pena. Não gostamos de culturas mornas. Achamos que culturas têm que causar paixão, ebulição, mesmo que isso agrade a poucos.

Mas agradar a poucos é uma condição importante, mas longe de o suficiente. Pense comigo: imagine uma repartição pública bem chata em Brasília. Com certeza ela passa esse primeiro teste- algumas pessoas se sentem muito bem naquele marasmo, e outras simplesmente entram em pânico e pensam em deistir. Isso não faz desses ambientes culturas incríveis. Faltam alguns ingredientes importantíssimos, entre eles, crescimento e paixão.

Crescimento

O próximo ingrediente fundamental de uma cultura incrível é o crescimento. Crescimento é um negócio de múltiplas facetas: quando falamos de crescimento estamos falando do crescimento da empresa - do crescimento da sua receita, seus lucros, seu headcount, do seu market share - mas também estamos falando, de maneira diretamente ligada, do crescimento de cada um dos seus colaboradores.

Crescimento para um colaborador significa virar uma pessoa mais completa, melhor; significa assumir mais responsabilidades, dominar melhor a técnica e a arte da sua ocupação; significa evoluir patrimonialmente, dando mais segurança e conforto para sua família, e conquistas, sejam elas bens, experiências ou relacionamentos.

Sem crescimento, não há cultura incrível. É quando crescemos - e o crescimento pode muitas vezes doer - que nos tornamos pessoas melhores. E quando a gente cresce, as empresas crescem, e a roda gira bem. É o famoso ganha-ganha.

Paixão

O outro pezinho deste tripé (será que é um tripé mesmo?) é a paixão. Como vimos, paixão tem a ver com estar em um lugar que se encaixa nos seus valores, no que é importante para você. Na sua visão de vida. E como somos todos diferentes, é normal que nos sintamos em casa em alguns lugares, e peixes fora d'água em outros.

Mas paixão tem a ver também com fazer o que gostamos. Não adianta estarmos em uma empresa que gostamos muito, em que encaixamos perfeitamente nos valores, se não estivermos fazendo coisas por que somos profundamente apaixonados.

Culturas incríveis expõem isso de maneira muito clara. Quem não é apaixonado pelo que faz, raramente consegue sustentar o nível de dedicação, comprometimento e excelência necessários para estar em uma cultura incrível, de alto crescimento. E isso vai ficando cada vez mais claro, à medida em que o desempenho sofre. Essas pessoas acabam sendo expelidas do sistema, e isso é, acredite, extremamente bom para todos os envolvidos.

Culturas incríveis expelem quem não é apaixonado pelo que faz. E assim essas pessoas recebem um empurrãozinho para, quem sabe, acharem o que gostam e serem finalmente apaixonadas no trabalho.

Culturas incríveis são a única vantagem competitiva realmente sustentável

Há uma frase muito conhecida e atribuída ao acadêmico Americano Peter Drucker (talvez o primeiro guru de gestão do mundo), que diz que a "cultura come a estratégia no café da manhã". O que Drucker supostamente quer dizer é que cultura é muito mais importante do que estratégia em uma empresa.

Generalizações são sempre complicadas, mas somos simpáticos a esta frase. A Netflix, gigante do entretenimento que virou utensílio na casa de quase todos nós, não é quem é por causa de sua estratégia. A empresa começou como uma assinatura de DVDs que eram entregues em casa, e poderiam ser sempre trocados por outros DVDs, de modo que você sempre tivesse um DVD em casa para assistir. Você podia ficar quanto tempo quiser com um filme, e bastava um comando no site para que a Netflix entregasse um filme novo e retirasse o que estava com você.

Todos nós sabemos o que aconteceu com os DVDs. À medida em que a conexão de internet (a famosa banda larga) foi ficando mais rápida e mais presente nos lares, principalmente dos EUA, o negócio de DVDs entrou em um mergulho irreversível, que levou consigo uma das empresas mais icônicas dos EUA: a Blockbuster.

O direcionamento estratégico era simples: sair do negócio dos DVDs. A Blockbuster faliu tentando. A Netflix se reinventou em poucos anos, e hoje domina o entretenimento online no mundo. O que fez a diferença? A cultura altamente adaptável e ágil da empresa, que você pode conhecer melhor no nosso estudo de caso.

Porém, culturas não servem só para "pivotar" a empresa em um momento de necessidade. Elas são o tecido que permite à empresa executar sua estratégia e seu posicionamento com efetividade. A Walmart, por exemplo, sempre baseou seu negócio em uma estrutura de custos imbatível, que permitia que ela cobrasse "preços baixos, todos os dias". Mas não adiantaria de nada pregar a frugalidade de custos se Sam Walton, seu fundador, não praticasse o que pregava. E você pode apostar que ele praticava a frugalidade, tanto em sua vida pessoal quanto no Walmart.

Sem uma cultura forte sua estratégia simplesmente não para de pé.

Como criar uma cultura incrível, forte, com crescimento e paixão?

Chegamos ao Santo Graal do nosso artigo. Ora, se a Qulture.Rocks quer ajudar organizações a criar culturas incríveis, como então ela faz isso?

Nossa resposta é simples: gestão de desempenho.

Gestão de desempenho é, na nossa opinião, uma das alavancas mais potentes para se criar uma cultura incrível.

Em primeiro lugar, uma gestão de desempenho necessariamente retém os colaboradores de melhor desempenho e filtra os colaboradores de baixo desempenho. Com isso, quem tem baixo desempenho tem duas alternativas: crescer e se desenvolver ou procurar uma atividade mais apaixonante, em que o desempenho flua mais naturalmente.

Sinceramente, achamos que problemas de desempenho caem nesses dois grandes "baldes": ou são resolvidos com direcionamento, ou são consequência de gente fazendo o que não gosta.

Em segundo lugar, esse desenvolvimento fica muito mais fácil com uma gestão de desempenho bem feita. Feedbacks, One-on-Ones, PDIs e Avaliações de Desempenho são ferramentas extremamente potentes para quem gosta do que faz e quer aprender como fazer mais e melhor. E essas ferramentas colocam gasolina no fogo do crescimento de profissionais apaixonados pelo que fazem e que estão na cultura certa.

Resumindo: Qulture.Rocks está no mundo para criar culturas incríveis. Culturas incríveis são o ingrediente fundamental de empresas incríveis, e construídas com um ingrediente muito potente: gestão de desempenho. Por isso fazemos tecnologias que facilitam e potencializam a gestão de desempenho. Para ajudar a criar cada vez mais Qultures that Rock! 

Fácil, não?