Rotatividade (ou turnover) é um termo usado para designar o fluxo de admissões e desligamentos em uma empresa. A taxa de rotatividade pode dizer, então, sobre diversos fatores, como clima organizacional e índice de satisfação das pessoas colaboradoras.

Processos de desligamento, assim como o de recrutamento e seleção de novos profissionais, são custos inerentes às empresas. No entanto, quando a rotatividade é alta, eles tendem a se tornar verdadeiros desafios para a sustentabilidade financeira.

Isso sem contar os impactos do alto índice de turnover para as pessoas colaboradoras que permanecem na organização. Neste conteúdo, vamos explicar o que é o índice de rotatividade, os tipos existentes, seus impactos na empresa, como calculá-lo e boas práticas para evitá-lo.

O que é rotatividade?

O conceito de rotatividade nas empresas (também conhecido como turnover) diz respeito ao fluxo de entradas e saídas de pessoas colaboradoras durante determinado período de tempo. Nesse sentido, trata-se de uma relação matemática, traduzida em percentuais que buscam comparar admissões e demissões nesse período.

Deve-se ainda considerar outros fatores que levam pessoas a saírem de uma empresa e que também entram no índice de rotatividade, que são afastamentos, aposentadorias, fatalidades, entre outros.

Quais são os principais tipos de rotatividade?

Um levantamento mostrou que o Brasil é o país com maior índice de rotatividade em todo o mundo. Somente em 2022, o país registrou 56% de aumento no turnover. No conceito de rotatividade, existem alguns fatores que distinguem os tipos existentes. Vamos entender os principais deles!

Voluntária

A rotatividade voluntária é aquela onde a saída das pessoas colaboradoras é incentivada pela vontade própria, quando elas saem em busca de novas e melhores oportunidades de trabalho e/ou se sentem desengajadas, desmotivadas e insatisfeitas com a empresa em que estão atuando.

Involuntária

A rotatividade involuntária é aquela que não tem uma atuação ativa da pessoa colaboradora, sendo a decisão pela rescisão contratual tomada pela própria empresa. Isso pode acontecer devido a comportamento inadequado ou corte de custos, por exemplo.

Funcional

A rotatividade funcional tem relação com a baixa performance da pessoa colaboradora, neste caso sendo ela própria a decisora por sua saída, não aguardando que sua liderança ou a empresa faça seu desligamento.

Disfuncional

A rotatividade disfuncional diz respeito à decisão tomada pela pessoa colaboradora em sair, ainda que ela tenha uma ótima performance. Nesse sentido, a empresa perde um talento ao não dar as condições necessárias para que ele opte por permanecer na organização.

Quais são os impactos do alto índice de rotatividade?

O alto índice de rotatividade traz impactos negativos para as empresas, o que explica o fato de essa ser uma preocupação constante principalmente dos times de Recursos Humanos. A seguir, vamos nos aprofundar nesses impactos!

Custos

Rescisões contratuais geram custos elevados para as organizações, que precisam lidar com processos demissionais, assim como estruturar processos seletivos e de contratação e treinamento de novas pessoas colaboradoras.

Clima organizacional

O alto índice de rotatividade pode ser impactado pelo clima organizacional, mas também o afeta diretamente. Isso porque, independentemente do tipo de rotatividade identificado, as pessoas que permanecem na empresa acabam ficando sobrecarregadas pelas atividades remanescentes de quem saiu e/ou se tornam desmotivadas ao perceberem que ali pode não ser exatamente um bom lugar para permanecer.

Problemas na produção e nos serviços

A rotatividade de pessoas colaboradoras faz com que tarefas de uma precisem ser passadas para outras que ficam. Com isso, ao longo da transição e também posteriormente a ela, comumente acontecem problemas e gargalos na produção e/ou nos serviços oferecidos pela empresa. Isso gera impacto operacional e na satisfação dos clientes.

Imagem da empresa

A imagem da empresa fica comprometida quando é alto o índice de rotatividade, tanto no mercado, quanto como marca empregadora. Isso porque, como comentamos, há impacto na produção e nos serviços prestados, assim como novos talentos ficarão receosos em optar em atuar naquela organização.

Como calcular a rotatividade?

Acompanhar o índice de rotatividade (ou taxa de turnover) constantemente é uma maneira de identificar se esse é um fator de preocupação e deve receber planos de ação para remediá-lo.

Para isso, é necessário fazer um cálculo simples, mas importantíssimo, que consiste em somar a quantidade de admissões e desligamentos, dividir o resultado por 2 e, em seguida, dividir novamente esse número pela quantidade total de funcionários na empresa, tudo isso considerando o mesmo período de tempo.

Admissões + desligamentos = X
X/2 = Y
Y/quantidade total de funcionários = Rotatividade

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Como diminuir a rotatividade na empresa?

Existem algumas ações que as empresas podem e devem tomar para diminuir ou evitar a rotatividade de funcionários. Confira algumas delas adiante!

Aplicando pesquisas

A principal forma de entender se as pessoas colaboradoras estão propensas a abandonarem a empresa e o trabalho que nela realizam é aplicando pesquisas de satisfação, de clima organizacional e de sentimentos.

Assim, é possível identificar de maneira coletiva e individual quais são os pontos positivos que elas consideram em seus trabalhos, assim como quais fatores as tornam insatisfeitas na empresa.

Implementando ações de engajamento

Campanhas que incentivam o engajamento das pessoas colaboradoras são uma ótima ferramenta para reduzir o índice de rotatividade. Para isso, é fundamental investir em momentos de descontração como dias de confraternização e happy hours.

Além disso, datas comemorativas podem ser celebradas, por exemplo, aniversários de pessoas colaboradoras, datas sazonais como Natal e Fim de ano, entre outras.

Treinando lideranças

As lideranças são o principal ponto de contato entre as pessoas colaboradoras e a empresa. São elas, por isso, as principais responsáveis por estimular as pessoas lideradas e também as que têm mais insumos para identificar pontos de insatisfação.

Para isso, é fundamental fazer treinamentos recorrentes para garantir que as lideranças tenham um comportamento ético e focado no desenvolvimento dos colaboradores, seja por meio de one-on-ones, feedbacks, apoio na elaboração de Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs), entre outros.

Implementando uma cultura de feedbacks

Uma cultura de feedbacks pode fazer com que as pessoas colaboradoras se desenvolvam de maneira conjunta, a partir do momento em que uma dá a outra insumos para fortificar os pontos em que já manda bem e melhorar os que ainda são um desafio.

Fazendo processos de gestão de desempenho

Processos de gestão de desempenho são importantes ferramentas para acompanhar a performance das pessoas colaboradoras e incentivar constantemente que busquem o autodesenvolvimento.

Além disso, eles abrem portas para a elaboração de planos de carreira, aumentando o engajamento, a motivação e a satisfação dos profissionais. Dessa maneira, são menores as chances de rotatividade voluntária, involuntária, funcional e disfuncional.

Como pudemos perceber, a rotatividade deve ser um tema de constante preocupação para as empresas de maneira a garantir sua sustentabilidade financeira, assim como a retenção de talentos. Para isso, é preciso acompanhar e mensurar continuamente essa taxa e implementar ações para corrigir as situações em que ela seja desfavorável.

Já que falamos em rotatividade de pessoal, que tal calcular de maneira facilitada essa taxa na sua empresa e já começar a atuar para melhorá-la? Para isso, utilize nossa calculadora gratuita de turnover!