Em Setembro, muito se discute sobre saúde mental nas empresas e segurança psicológica. Em mais um material da nossa série de conteúdos sobre o assunto, vamos explicar a relação existente entre uma cultura de feedbacks contínua e a segurança psicológica, tão importante para o bem-estar de profissionais, para a retenção de talentos, para a qualidade de vida no trabalho e também para redução da rotatividade.
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Qual a importância do feedback nas empresas?
De acordo com um estudo realizado pela ARCH Profile Solutions, empresa especializada na criação de testes para recrutadores, pelo menos 43% de profissionais ficam desmotivados com as suas demandas quando recebem críticas mal elaboradas. Além disso, o estudo constatou que essas pessoas perdem totalmente a vontade de se esforçarem e de trazerem inovação para as suas funções.
Um outro levantamento global realizado pelo Top Employers Institute, elaborado com 600 empresas em 99 países, constatou que a prática é considerada uma das melhores para medir o desempenho das equipes. Quando questionados sobre os processos nas organizações, grande parte destacou sobre a necessidade de contar com etapas mais transparentes para estabelecer metas e relatou preferirem feedbacks mais regulares em um processo de avaliação.
No Brasil, participaram 26 empresas que empregam juntas mais de 300 mil pessoas. Em 100% delas há treinamentos para gerentes darem feedbacks mais construtivos aos seus liderados e lideradas, porcentual que fica à frente de outros países, como:
- Reino Unido — 90%;
- Itália — 87%;
- França — 79%.
Também foi destacado que em 79% das empresas participantes, os objetivos de desempenho das gerências são completamente transparentes para as suas equipes, enquanto na França, por exemplo, esse número é de apenas 13%.
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Qual a importância da segurança psicológica nas empresas?
Que o Feedback contínuo é uma prática essencial para as empresas já sabemos. Mas e a segurança psicológica? Paul J. Zack, professor de ciências econômicas, psicologia e administração na Universidade de Claremont, realizou um estudo para medir o nível de segurança psicológica em mais de 1000 profissionais nos Estados Unidos. As pessoas que acreditavam trabalhar em um ambiente altamente seguro eram 50% mais produtivas, 76% mais engajadas e 50% mais propensas a permanecerem na organização.
No Projeto Aristóteles, elaborado há alguns anos pelo Google, foram identificadas características em comuns de times de alta performance — e a segurança psicológica era uma delas. De acordo com a gigante global, membros do time que se sentem seguros para tomar riscos e serem vulneráveis frente aos outros membros da equipe são perfis comuns de equipes com alta eficácia.
Porém, mesmo com dados que trazem a necessidade desse investimento, a má gestão, falta de diálogo e de liderança são alguns dos fatores que impactam essa característica nas empresas, especialmente se não houver a prática de feedbacks.
Qual a relação entre segurança psicológica e feedbacks?
Quando mencionamos sobre segurança psicológica nas empresas, um dos principais pontos que devem ser destacados é o da cultura de feedbacks. Trata-se do processo no qual uma pessoa contribui para que a outra possa se desenvolver a partir de suas próprias percepções, sejam elas negativas, sejam elas positivas. Quanto mais feedbacks são trocados entre pessoas, melhores são os resultados individuais e, consequentemente, melhores são os resultados do negócio.
Por meio dessa prática, lideranças tendem a se aproximar mais de seus liderados e lideradas, de modo que crie um diálogo honesto entre as partes. Com um canal de comunicação já estabelecido, fica mais fácil para que as pessoas possam expor seus problemas, ideias, dúvidas, além de a própria gestão ter a oportunidade de também demonstrar vulnerabilidade, característica essencial para trazer mais confiança para todo o time.
Além disso, devemos levar em consideração que os feedbacks entram como uma prática para direcionar as ações e comportamentos em direção aos nossos sonhos, com inputs de melhorias e reforçando sempre comportamentos positivos. Mais feedbacks, mais reconhecimento para o time, mais possibilidades de demonstrar em quais pontos é possível alterar o foco para resultados mais atrativos.
Outros diferenciais da prática:
- orienta colaboradores e colaboradoras sobre o melhor caminho a seguir;
- traz mais desenvolvimento para a pessoa;
- oferece mais segurança para todo o time sobre as suas ações.
Neste material, podemos perceber a relação entre feedbacks e segurança psicológica. Apesar de o mês de setembro ser um período do ano em que se esse assunto é constantemente debatido, não devemos resumir os debates apenas para esse momento. O ideal é que a preocupação com a saúde mental e com a segurança do time seja colocada em discussão durante todo o ano, contribuindo para oferecer um espaço de trabalho bom para se trabalhar, que atraia e retenha talentos.
Se você deseja saber também a relação entre segurança psicológica e pesquisa de clima, continue no blog e acompanhe outro conteúdo que produzimos sobre o assunto!