Turnover involuntário ocorre quando a própria empresa desliga o colaborador ou colaboradora. As situações para que isso ocorra são distintas — desde ao desempenho da pessoa até a problemas financeiros que a organização tem passado. Independentemente de o turnover ser voluntário ou involuntário, existem maneiras de evitá-los no negócio, cujas estratégias devem ser priorizadas pela empresa para a retenção de talentos e também para a saúde financeira do negócio.
Neste artigo, explicaremos melhor a diferença entre turnover voluntário e involuntário, além de apresentar algumas dicas práticas de como evitá-los. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o turnover involuntário e qual a diferença para o turnover voluntário?
Como abordamos, turnover involuntário ocorre quando a empresa decide desligar a pessoa colaboradora. Diferente do turnover voluntário, cuja decisão parte do(a) próprio(a) profissional. Quanto ao turnover voluntário, alguns motivos podem ser destacados, como:
- salário pouco competitivo no mercado;
- falta de reconhecimento na organização;
- ausência de uma cultura organizacional sólida;
- lideranças despreparadas;
- ausência de uma política de benefícios, entre outros.
Já em relação ao turnover involuntário, alguns dos principais motivos são:
- fatores externos à empresa — em 2020, por exemplo, muitas organizações precisaram desligar colaboradores e colaboradoras devido à crise provocada pela pandemia do coronavírus;
- problemas financeiros;
- ausência de fit cultural por parte da pessoa colaboradora;
- não cumprimento do contrato firmado entre a empresa e o(a) profissional;
- mal relacionamento entre a pessoa e o time, entre outros.
Como realizar o cálculo do turnover?
Para o cálculo do turnover voluntário, existem duas formas principais. A primeira delas é por meio da taxa de desligamento, cuja fórmula divide o número de demissões e desligamento pela quantidade de pessoas ativas no último dia do mês anterior. A segunda delas é feita por meio das substituições. Para isso, se faz uma média entre o número de pessoas demitidas que serão substituídas com o acréscimo de contratações. Porém, esse cálculo é considerado ultrapassado por grande parte das empresas.
Já o turnover involuntário se calcula analisando inicialmente o total de pessoas colaboradoras da empresa. Em seguida, é preciso ter em mãos a quantidade de pessoas demitidas no último ano. Logo após, saiba qual é a quantidade de pessoas contratadas no mesmo período e divida o número de pessoas desligadas pelo total de profissionais no atual quadro de colaboradores.
Quais são as desvantagens do turnover para a empresa?
Turnover voluntário e involuntário geram custos para a empresa. Entre eles, podemos destacar:
- multa por desligamento, uma vez que a empresa deve pagar 50% do valor total depositado no FGTS (40% vai para a pessoa colaboradora e 10% para o governo);
- demais obrigações da empresa previstas na CLT — 13° proporcional, férias proporcional e demais benefícios vencidos;
- processo demissional — todo o processo demissional gera gastos para a empresa, uma vez que demanda atividade do time de Departamento Pessoal, de Recursos Humanos etc.;
- necessidade de contratação e preenchimento da vaga;
- adaptação da pessoa contratada;
- clima de tensão entre as pessoas que ficam (especialmente no caso do turnover involuntário), entre outros.
Como evitar o turnover involuntário na empresa?
A seguir, selecionamos algumas práticas que contribuem para evitar o turnover involuntário na empresa. Confira quais são elas.
Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é o ápice de um processo bem estruturado de gestão de desempenho. O seu objetivo é o de melhorar o desempenho da empresa por meio de melhorias no desempenho de colaboradores e colaboradoras.
Geralmente, ela é composta por uma série de questionários, onde vai haver perguntas a serem respondidas por um ou mais avaliadores(as) a respeito da pessoa avaliada. Nesse caso, vamos tratar de aspectos relacionados às duas dimensões do desempenho: comportamento e resultado.
Por que essa estratégia contribui para evitar o turnover involuntário? A partir dela, a pessoa avaliada tem uma devolutiva. Nessa devolutiva, a liderança tem a oportunidade de elaborar, junto à pessoa colaboradora, um plano de desenvolvimento individual, no qual pode traçar oportunidades de crescimento e planos de ação para aprimorar pontos que deixam a desejar.
Feedback
Feedback é o processo no qual uma pessoa contribui para que a outra possa se desenvolver a partir de suas próprias percepções, sejam positivas, sejam negativas. Na devolutiva da avaliação de desempenho, por exemplo, a liderança tem a possibilidade de oferecer feedbacks em relação aos resultados da pessoa avaliada.
Costumamos fazer uma analogia do feedback com o GPS e um mapa de papel. Ambos mostram o destino. Porém, no caso do GPS (ou dos aplicativos com o mesmo intuito que oferecem ainda mais precisão), há alterações de rota conforme o trajeto.
O feedback é a mesma coisa: a pessoa propõe alterações de rota para o(a) colega de equipe, que pode corrigir aspectos que precisam ser melhorados e continuar com aqueles que já são positivos.
One-on-ones
One-on-ones são reuniões periódicas entre lideranças, liderados e lideradas que contribuem para um melhor borbulhamento de informações de baixo para cima. Assim, a gestão tem a oportunidade de identificar a percepção de profissionais em relação aos mais diversos aspectos de sua experiência, o que contribui de forma direta para que identifique se as prioridades estão alinhadas, se as ações estabelecidas para alcançar as metas do time caminham para um bom resultado, entre outros pontos.
“Na ausência de uma arquitetura de comunicação bem projetada, informações e ideias irão estagnar e sua empresa irá se degenerar e se transformar em um lugar ruim para trabalhar [se não houver 1:1s]”.
É importante, porém, que esse seja um momento da pessoa colaboradora: estimule-a a levar pautas e os seus principais desafios enfrentados no dia a dia das demandas, pois isso vai contribuir de maneira direta para que a gestão possa orientar melhor em alguns aspectos importantes.
Neste conteúdo, você pôde entender um pouco mais sobre o turnover involuntário, as diferenças para o voluntário e dicas para reduzi-lo na empresa. Como vimos, esse tipo de situação provoca tanto gastos financeiros como deixa o espaço com um clima desagradável, impactando na produtividade de outras pessoas. Por essa razão, é essencial aplicar as estratégias apresentadas e analisar de perto os impactos proporcionados por ela.
Ao longo do material, mencionamos sobre o clima organizacional. Se você deseja saber um pouco mais sobre ele, continue no blog e acompanhe um outro material que produzimos sobre o tema!